segunda-feira, 8 de junho de 2009

Já não...

Hoje já não creio em verdades absolutas, já não luto por verdades que nunca foram minhas, mas nas quais me fizeram acreditar e pelas quais lutei.
Aprendi que a desilusão é uma constante na vida daqueles, que tal como eu, têm sonhos e expectativas, e que desejam e exigem tanto!
Abri mão de tantas coisas, de pessoas, de caminhos… Fiz escolhas, opções certas e outras das quais me arrependo.
Aprendi que as pessoas deixaram de me fazer falta, como faziam há algum tempo atrás.
Tenho consciência da fragilidade dos laços, que cada vez mais as pessoas não criam, nem eu!
Sou mais fechada agora, retribuo mais sorrisos vazios e já não faço questão de me mostrar nem de olhar para as pessoas.
Num instante o chão foge debaixo dos pés sem que se possa fazer nada.
Num instante aqueles que amamos revelam-se, por vezes, pessoas cruéis, frias e distantes… Resta a indignação, o desencanto e a revolta de não ter conseguido perceber que isto aconteceria, e o profundo arrependimento de ter dado demais, de ter gostado tanto de alguém que nos abandona e nos despreza justamente quando mais precisamos.
As relações são encaradas como problemas, tudo se resume a problemas, que se evita ao máximo e que quando não se consegue impedir que aconteçam, ultrapassa-se como se num interruptor se carregasse.
Já ninguém se importa com as pessoas que ficam para trás…
Já não me apetece abraçar o mundo, um mundo de falsidade, ironia e falta de amor, não quero!
Falsidade disfarçada que num momento de fragilidade se revela gritante…é o cair da máscara de alguém que se esconde por detrás de uma moral e de valores que não segue, nem tem capacidade de atingir!
Este mundo onde os afectos são comprados por gestos de ternura encenados, e onde o dinheiro prevalece sobre tudo…se há dinheiro, tudo se resolve.
Mete-me nojo!
Tropeço sempre na desilusão e na revolta…

Sem comentários:

Enviar um comentário

diz que disse...