Tive o
melhor domingo de sempre que só acabou na Segunda-feira.
Dancei tardes
a fio, sozinha no jardim com um copo de gin.
Troquei
de carro, finalmente.
Senti-me
profundamente triste e percebi que o amor nos salva.
Mudei e acreditei.
Afastei-me
de pessoas de quem gosto para não me esquecer de mim.
Não fiz
fretes e disse "não" mais do que alguma vez.
Comecei a trabalhar numa coisa de que gosto.
Comecei a trabalhar numa coisa de que gosto.
Não faltei aos treinos e “dei o litro”!
Fiz
abstinência de chocolate durante 40 dias, temi não sobreviver.
Conheci
muitas pessoas novas e encantei-me com algumas.
Senti-me
uma baleia e comi brócolos como se não houvesse amanhã.
Embebedei-me três vezes, sempre sem intenção.
Sofri e
chorei por várias pessoas que amo, nunca de alegria.
Tive medo.
Aprendi
muito e desvalorizei problemas.
Mergulhei
num mar deserto e senti a vida no seu esplendor.
Dei
abraços muito apertados mas recebi muitos mais.
Perdi o
comboio de Lisboa para o Porto e apeteceu-me perder o seguinte e o outro e o
outro.
Dormi
pouquíssimo e amaldiçoei o despertador.
Dei
beijos, muitos beijos.
Perdi a
cabeça e cortei o cabelo acima do ombro.
Tive
saudades intermináveis e dolorosas.
Revisitei
velhos lugares e deslumbrei-me com novos.
Falei com
estranhos e foram muitos.
Perdoei
mas não voltei.
Superei a
fobia ao telefone mas só profissionalmente.
Paguei
dívidas e fiz promessas.
Tive
conversas longas e profundas e discussões acesas e parvas.
Zanguei-me
com uma pessoa importante e não recuperei.
Chorei a
olhar para o Tejo num pequeno-almoço regado a vinho.
Não fiz a
viagem e percebi que talvez não a farei tão cedo.
Senti-me
estranhamente calma e em paz.
Ouvi sermões e dei muitos conselhos.
Ouvi sermões e dei muitos conselhos.
Escrevi
nada ou quase nada e deprimi-me – este texto devia ter sido escrito há 2 meses.
Desejei que alguns momentos não acabassem.
Dancei,
dancei, dancei e, mal dos outros, também cantei a plenos pulmões.
Dei
gargalhadas daquelas que vêm do fundo e sorri com tudo.
Rezei
muito e com muita fé.
Quase me
apaixonei por uma pessoa pela segunda vez.
Disse
“amo-te” sempre que pude e amei, amei em plena consciência e não há melhor do
que isso.
Senti-me
velha e tive os primeiros cabelos brancos – oh não!
Fui feliz
na medida certa e agradeci como nunca!