Pára de me ler o olhar.
Pára de vasculhar a minha alma.
Pára, pára, pára!
A nossa ponte imergiu num lamaçal.
Não me dês estrelas, que não as posso agarrar.
Fala-me só nos sonhos.
É só por debaixo deles que passa o rio de lama.
Não busques o que vês!
É somente fantasia.
O meu coração é extravagante.
Ele crê que o sol pode namorar a lua.
Pára!
Estou já desperta…
Escorro outra garrafa.
Saberes-me assim é um privilégio.
A poucos concedo lugar nas minhas viagens.
Pára… não há regresso!
A intimidade vai já pelo rio…
sexta-feira, 25 de março de 2011
domingo, 13 de março de 2011
Não contes a ninguém
Não contes a ninguém que me viste…
Que ninguém saiba que andei sozinha na rua, de garrafa em punho e de alma vazia.
Não contes a ninguém que andei de gatas no meio da avenida.
Perdida, sem norte, sem fé e nem um pouco de pudor.
Já nenhuma timidez sobra para as minhas vergonhas.
Que não há maior desonra do que lamber botas e desse mal não padeço.
Não contes a ninguém que rebolei e dancei na lama.
Que pensem que me arrastei ou fui arrastada.
Que especulem como sempre fazem.
Porque esses que falam são os únicos que não granjeiam boa fama.
Não contes a ninguém que me viste voar.
Ninguém acreditaria.
E é demais… que só a uma mente limpa concedo esse benefício.
Porque a vida é um sono para tanta gente.
Não contes a ninguém que eu nunca adormeço.
Porque eu sonho, desejo e abro as asas do pensamento e da imaginação.
Não contes a ninguém que tenho a fraqueza da tua inveja.
Irão dizer que sou como eles e não é verdade.
Porque a única inveja que tenho de ti é de teres uma pessoa que te quer.
E como eu queria que essa pessoa gostasse de mim como gosta de ti.
Mas, dessa pessoa ninguém sabe…
Porque não contaste a niguém que te amo sempre.
Basta-me que tu saibas e de outro testemunho não preciso.
Por isso, não digas a ninguém que deixei de escrever...
Não quero mais provas e o delírio já é bastante!
Que ninguém saiba que andei sozinha na rua, de garrafa em punho e de alma vazia.
Não contes a ninguém que andei de gatas no meio da avenida.
Perdida, sem norte, sem fé e nem um pouco de pudor.
Já nenhuma timidez sobra para as minhas vergonhas.
Que não há maior desonra do que lamber botas e desse mal não padeço.
Não contes a ninguém que rebolei e dancei na lama.
Que pensem que me arrastei ou fui arrastada.
Que especulem como sempre fazem.
Porque esses que falam são os únicos que não granjeiam boa fama.
Não contes a ninguém que me viste voar.
Ninguém acreditaria.
E é demais… que só a uma mente limpa concedo esse benefício.
Porque a vida é um sono para tanta gente.
Não contes a ninguém que eu nunca adormeço.
Porque eu sonho, desejo e abro as asas do pensamento e da imaginação.
Não contes a ninguém que tenho a fraqueza da tua inveja.
Irão dizer que sou como eles e não é verdade.
Porque a única inveja que tenho de ti é de teres uma pessoa que te quer.
E como eu queria que essa pessoa gostasse de mim como gosta de ti.
Mas, dessa pessoa ninguém sabe…
Porque não contaste a niguém que te amo sempre.
Basta-me que tu saibas e de outro testemunho não preciso.
Por isso, não digas a ninguém que deixei de escrever...
Não quero mais provas e o delírio já é bastante!
sexta-feira, 11 de março de 2011
Há Provas
SE DEIXAR DE ESCREVER
NÃO HAVERÁ PROVAS
DE QUE TE AMEI...
E EU AMEI!
AS CARTAS DIZEM QUE SIM
E DE OUTRA FORMA
NÃO ME LEMBRARIA MAIS
QUE JÁ TE AMEI...
AINDA BEM QUE AS PROVAS
EXISTEM PORQUE GOSTO
DE ME LEMBRAR...
NÃO HAVERÁ PROVAS
DE QUE TE AMEI...
E EU AMEI!
AS CARTAS DIZEM QUE SIM
E DE OUTRA FORMA
NÃO ME LEMBRARIA MAIS
QUE JÁ TE AMEI...
AINDA BEM QUE AS PROVAS
EXISTEM PORQUE GOSTO
DE ME LEMBRAR...
sábado, 5 de março de 2011
Dramas
Dramas eu quero todos.
Porque sinto mais ao vivê-los.
Dramas eu faço todos.
Porque aprendo ao fazê-los.
Dramas eu vivo todos.
Porque só assim me sinto viva.
E se viva não me sentir,
Que faço eu em viver?!
Porque sinto mais ao vivê-los.
Dramas eu faço todos.
Porque aprendo ao fazê-los.
Dramas eu vivo todos.
Porque só assim me sinto viva.
E se viva não me sentir,
Que faço eu em viver?!
Querer
Estou tão farta que não queiras.
Estou tão farta da tua falta de vontade de querer.
E eu quero hoje e amanhã.
E eu quero tudo.
Que de tanto querer,
E de tanto não haver.
Já nem eu própria sei se quero ainda,
Aquilo que sempre quis e teimo em sofrer!
Estou tão farta da tua falta de vontade de querer.
E eu quero hoje e amanhã.
E eu quero tudo.
Que de tanto querer,
E de tanto não haver.
Já nem eu própria sei se quero ainda,
Aquilo que sempre quis e teimo em sofrer!
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