Se eu fosse como os outros,
Eu dormia e acordava.
Não sonhava acordada.
Não sentia o que pensava.
Eu não, eu larguei a amarra,
Escancarei a porta.
Antes doida do que morta.
Sede de infinito que não se acaba.
Idealista de coração trôpego,
Resvalando por todo um nada.
É um drama…
Choro o fado, canto a desgraça.
Brindo à tristeza, bebo da taça.
Se eu fosse como os outros,
Ah… se eu fosse como os outros,
Esperava coisa pouca, graça nenhuma!
terça-feira, 22 de outubro de 2013
O FIM
O fim esteve sempre a rondar.
E um medo absurdo de não ser capaz de continuar.
Gastámos as conversas em desculpas de misericórdia.
Gestos inúteis, recomeços inúteis como todas as discussões.
Falhámos o passo precioso da aceitação.
Abraçámos lutas de poder e jogos de conquista.
O amor, afinal, não vence as batalhas todas.
O amor manchado de orgulhos parvos tinge a alma.
E o perdão é inútil quando não se encaixa a lição.
Não sei bem o que fizemos connosco.
Não te soube ouvir, não me soubeste abraçar.
Fomos alimentando a distância.
Não resta nada do que fomos juntos.
Eu já não sou eu e já não te reconheço em nada.
Quase me perdi com medo de te perder.
E agora…
O cão ladrou e a porta bateu.
Não corri atrás de ti, não fiz perguntas.
Deixei-me ficar imóvel neste sofá.
Sinto o alívio de não ter nada a dizer.
Esta noite há cansaço e o silêncio sabe a paz.
O nó na garganta vai-se desatando, calmamente.
Já não há culpa, nem medo, há somente vontade de recomeçar.
O que poderei dizer sobre hoje…
Estou mais perto de mim e, finalmente, respiro sem ti.
E um medo absurdo de não ser capaz de continuar.
Gastámos as conversas em desculpas de misericórdia.
Gestos inúteis, recomeços inúteis como todas as discussões.
Falhámos o passo precioso da aceitação.
Abraçámos lutas de poder e jogos de conquista.
O amor, afinal, não vence as batalhas todas.
O amor manchado de orgulhos parvos tinge a alma.
E o perdão é inútil quando não se encaixa a lição.
Não sei bem o que fizemos connosco.
Não te soube ouvir, não me soubeste abraçar.
Fomos alimentando a distância.
Não resta nada do que fomos juntos.
Eu já não sou eu e já não te reconheço em nada.
Quase me perdi com medo de te perder.
E agora…
O cão ladrou e a porta bateu.
Não corri atrás de ti, não fiz perguntas.
Deixei-me ficar imóvel neste sofá.
Sinto o alívio de não ter nada a dizer.
Esta noite há cansaço e o silêncio sabe a paz.
O nó na garganta vai-se desatando, calmamente.
Já não há culpa, nem medo, há somente vontade de recomeçar.
O que poderei dizer sobre hoje…
Estou mais perto de mim e, finalmente, respiro sem ti.
Subscrever:
Mensagens (Atom)