segunda-feira, 26 de abril de 2010

Amo a nossa dança!

Implorei por eterna solidão!
Queria tanto o gélido silêncio, queria ouvi-lo com a sua voz pacificadora que diz tanto, com a sua classe de nada dizer.
Falei com ele, tantas vezes em conversas sigilosas e deveras sufocantes.
Ele disse-me que o tempo é um santo milagroso, que é remédio para males do coração e o melhor antídoto para a desilusão.
Apressada e descrente, pedi que se calasse e, como sempre, não quis esperar.
Procurei o fim…corri atrás dele de mão dada com o medo, corri como quem corre atrás de um sonho!
Preferi dar voz à dor, que dava festas de arromba dentro do meu peito.
Risos altos de luxúria, risos de quem troçava de mim e de todo o meu desânimo, risos que ecoavam por todo o lado.
Aqueles risos, sempre aqueles risos que me apunhalavam e perseguiam.
Desejei paz, desejei-a tanto!
Não te esperava, mas tu tinhas mesmo que chegar…
Amaste-me no primeiro instante e…ao invés do que pedia, deste-me revolução!
Quando todos se calaram, deste voz ao meu triste sossego e calaste o meu grito.
Mudaste a minha solidão, devolveste-me o sorriso e os abraços.
Apagaste a sombra de um passado triste com cores gritantes, aveludadas e quentes, como eu gosto!
Trouxeste de volta as músicas e cantaste-me a plenos pulmões, numa melodia que agora também é minha.
Desafiaste-me e seduziste-me!
Vieste com uma mão cheia de tudo e um coração aberto para que eu nele entrasse.
E eu não, disse que não.
Respiro de alívio porque soubeste, desde sempre, que o meu não é apenas uma palavra à espera para dançar…
Entrei…
Amo esta dança!
Não vou sair de ti…

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Liberdade de amar

Numa bela tarde de Inverno conheci o amor.
Sem qualquer despudor deixei-o partir…
Se volta?
Não sei…
O que importa?
A solidão não sabe o meu nome,
Na alvorada outro vou encontrar…
Abraço a liberdade sem temor,
E não me canso de amar!