sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Lembras-te?

Lembras-te de eu ter dito que o destino se cumpre sempre?
O remorso fez contigo o que o frio faz à circulação sanguínea.
Uma desaceleração da vontade e dos batimentos.
Aquela paz assustadoramente sozinha, com sabor a abandono.
Lembras-te de te falar do arrependimento?
Não há perda maior do que aquela que se veste de culpa.
E nesta batalha, o amor perdeu para a ilusão.
O caminho das aparências é ardiloso.
E eu disse-te…
O amor, quando o é, não se dissimula.
E agora, o destino cumpriu-se…

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

...

Não culpes a vida que isso não te vai pagar a dívida.
E a sorte é só um breve instante em que o empenho e a vontade se cruzam com a oportunidade!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Ao verme!

Que não me lembro,
É o que respondo quando me perguntam por ti.
Que não te amo e que já esqueci.
Digo como se esfaqueasse o passado.
É a máscara de um coração maltratado.
Que não te conheço,
É a resposta pronta quando não me desvio e passo por ti.
Nada há de mentira aí,
Pois não posso conhecer alguém que fugiu de si.
Nesta montra que é a vida, fizeste a escolha errada.
Não vendo a dignidade, nem vivo de vida comprada.
Que não me interessa e nem quero saber,
Responderei se me disserem que já não andas,
Rastejas na lama sem coluna vertebral.
Ah…isso já não me espanta!
O verme sempre volta à sua mole condição natural…
Ao verme o sujo, que é seu por direito!