quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Poesia

Contigo bebo do mais belo, que me eriça a pele.
És, de todas, a melhor companhia e outro par não quero.
Fazes-me voar e ver tudo com outra cor, com outro sentido.
Sempre que a ti me entrego, nasço de novo e me descubro.
Tu que não dominas as artimanhas nem os artifícios da sedução.
Mesmo assim me conquistas e desvendas os meus enigmas.
Tu que falas da verdade e da mentira e as misturas a teu gosto.
Ainda assim, és-me tão leal, de uma exactidão deveras fiel à realidade.
Só contigo me elevo e desprendo desta terra de matéria suja.
Tu sentes por mim, tu falas-me pelas mãos, pelos olhos, pela alma.
É amor, isto que sinto, amo-te como quem ama o grande amor.
É com orgulho que te faço parte mim, que me acompanhas sempre.
Quem mais senão tu atravessa os meus desterros emocionais.
És só tu quem me sustenta na falta, no deserto, na sede de sentir.
Tu abraças todas as distâncias, tu dás-me a mão quando me perco nos excessos.
Tens o dom de transformar toda a ânsia em calma, tu tens a sábia magia.
És o astro onde habito, és a luz que inspira o mundo.
És o regaço onde me escondo, muito mais do que um porto seguro.
Se para mim és tanto, de nada mais preciso.
Nomeio-te a eterna maravilha, digna de todo o culto e ímpar respeito.
Perante ti me ajoelho e pasmo, tu… o malmequer da vida.
Tu, só tu Poesia, minha e de toda a gente!

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