terça-feira, 11 de outubro de 2011

Faz de Conta

Gestos destemidamente encenados.
Batimentos apartados do espírito.
E são quase perfeitos, quase quentes.
Falsos beijos, falsos abraços, falsos olhares.
Palavras fingidas como poesias e contos de encantar.
Denunciadas por tempestades de indiferença.
Nada se sente, nada toca ou mexe cá dentro.
Mas faz de conta...
Faz de conta que o amor é um cálculo preciso,
Faz de conta que o coração se pode remendar,
Faz de conta que não há máscara.
E a vida continua este teatro triste,
Que me convence de vez em quando a duvidar.
Esta pobreza de esconder verdades que não acaba.
Fingir que existe ou existiu alguma vez,
É muito pior do que nada ter de verdade!

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