Não há pachorra para melancolias e embalos.
É já manhã e ouve-se o cantar dos galos.
Se não quiseste ficar, por certo não abraçaste.
Morre-se na ausência a chama que reclamaste.
Ah! Esta visão de cama vazia, de um tempo só.
Onde os desejos da noite se embebedam de pó.
Não há pachorra para grandes pedidos teatrais.
As promessas são sempre tão sujas, tão irreais.
E é nesta falsa leviandade que me escudo.
Tentando adormecer este corpo agora mudo.
Não há pachorra para espalhar mais lágrimas.
Que murchem os pensamentos e as lástimas.
Pela janela aberta vejo partir a dor, o lamento.
Que o melhor destino é deixá-los ir no vento.
Ah…! E já disse, não há pachorra!
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