terça-feira, 13 de setembro de 2011

Só Assim

Quero a paz que os teus olhos prometeram.
Todo o céu que eram os teus braços.
Preciso que tragas de volta a estima.
Na plenitude de todas as suas formas.
Quero a verdade que a tua boca proferiu.
Sem pausas nem exclamações de dúvida.
Não quero deitar-me em mentiras aveludadas.
Recosto a cabeça na areia.
O mar diz-me que a calma quer deitar-se comigo.
Aceito essa companhia que serena a espera.
Preciso que a esperança se afirme e inunde a raiva.
Desprezo todo o alarde das nostalgias da ilusão.
E toda a insolência das penitências em que mergulhei.
Quero que deixes de ser um reflexo da imaginação.
Aconchego-me na areia…
Descubro que quero amor inteiro, primitivo.
De antigo que seja só esta intensa simplicidade de amar.
Isso de carregar uma cruz é antiquado, cheira a mofo.
Quero-te completo e despido de falso.
Descubro que só te quero assim.
E que de outro modo não preciso.

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