Às tantas, a noite fez-se dia,
O vento perdia-se em melancolia.
E eu, eu já confundia.
A tristeza com alegria.
Às tantas, já não sabia,
Se era ódio, afinal,
Todo o amor que sentia.
E assim, enquanto dormias,
Beijei-te o ombro nu,
Porque o corpo dá respostas,
Tem destas magias.
Mas resposta, nenhuma.
Entre o ódio e o amor,
Fiz apostas.
Toda a noite, sem dormir,
Li as estrelas uma a uma.
E agora, eu pergunto,
Se o problema serei eu,
Ou, num corpo que emudeceu,
Se, às tantas,
O problema, serás tu.
Raio de insónia,
Que agonia!
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