segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Espera

Nesta sala fechada,
A luz é defunta, é negra, é pesada.
Olho pela janela e não encontro nada,
Lá fora toda a vida morreu.
E eu toda a vida inquieta,
Sou agora, como a rua deserta,
Leve rumor do que aconteceu.
Das noites o sabor,
De ti uma sede infinda.
Do passado, confesso,
Um delírio, triste saudade ainda.
E assim, à janela sozinha,
Espero a noite, o alvor, a tua chegada.
Por favor, 
Tem dó da alma atormentada,
Desta mulher apaixonada,
Pedindo só que a visites,
Quando chegar a madrugada!

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