quarta-feira, 13 de abril de 2011

Prefiro facadas de nãos redondos e pesados,
Que ilusões rotas e, deveras, camufladas de verdade.
Prefiro momentos desesperadamente vazios e solitários,
Que estados cheios, no fundo, de nada.
Se o sonho é velho cadáver já,
Posso esquecer, rasgar tudo e dormir.
Fecham-se em mim alegrias pouco lúcidas,
Porque me deito agora com visões reais,
Que se cravaram no corpo de tão recusadas.
E adormeço perdida em axiomas e verdades nulas,
Numa encruzilhada de tropeços e tralhas do sentir.
Se acordar… enfim, que veja tudo menos turvo e dissimulado,
E chagas saradas num perfeito lance de alinhamento e esplendor!

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