Ao longe gritam-me alto os sinos.
Vejo o mar invadir de sobressalto o meu espaço.
Água que penetra nos ossos e me gela a alma.
Sinto aquela paz que abraça os desavindos.
Nenhum medo ou lástima sobra em mim.
Porque me tinhas dito que é assim o fim.
Já o esperava sereno como tinhas prometido.
Não disseste que era pesado e que havia sombra.
Só que há negro, há cansaço e uma alegre inconsciência.
Deixo o pensar para depois que agora quero o repouso.
E vejo-te passar e sorrir e finjo que vivo.
Mas não sinto…
Tu sabias como ia acabar, sabias bem…
Iludi o tempo fazendo do breve um vagaroso lento.
Que mistério este da nossa essência e da ilusão.
A vida cumpriu-se como me ensinaste e eu agradeço o nobre favor!
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