segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

É com fúria...

É sempre com fúria que te amo.
Porque em mim os sentimentos são violentos.
Tenho medo da fraqueza dos sentimentos calmos e poucos profundos.
Na superficíe não há senão superficialidade.
E a parte vísivel é sempre ligeira, enganadora e plástica.
Gosto do que não se vê e do que me mostras secretamente.
Gosto que conheças a parte que visto por baixo da pele.
É sempre com fúria que te espero.
Porque a saudade em mim é violenta.
Tenho medo do desiquilíbrio mas não consigo equilibrar-me no meio termo.
Alguns julgar-me-ão doida mas prefiro manter-me nos opostos.
Gosto de te levar ao extremo porque só assim te sinto puro.
Gosto da forma como exploras o meu profundo, o meu eu sem misturas.
Se for para rir que sejam gargalhadas largas.
Se for para chorar que sejam lágrimas em catadupa.
O mais ou menos é tão insosso que me sinto sem paladar.
É com fúria que te agarro.
Porque de outra forma largaria os braços e deixar-te-ia.
Gosto da veemência das palavras,dos gestos e dos sentimentos que ardem, entusiasmam e elevam a alma.
Gosto da forma como controlas e motivas o meu excesso.
Gosto do demasiado que há em ti e de o exagerar.
Sou dramática, arrebatada, sou uma exaltada de emoções saudavelmente destemidas.
É sempre com fúria que te devoro porque te amo com força e com verdade.
É sempre com fúria… porque esse lume é a minha calma e o meu esplendor.

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