terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Esperar por ti?

É um nojo tropeçar numa jura largada ao vento, num regresso que não acontece.
Bem sabes o que me custa não cumprir com honra o prometido.
Falho tantas vezes!
Não posso esperar por ti…
O que seria se demorasses toda a vida na volta?!
Que perigo seria admitir que nada perco em te esperar.
Teste? Resistência? Prova?
Quem precisa de provas, sacrifícios exaltados, pactos de sangue?
O amor não é isso. É?!
A desilusão é a melhor amiga da espera pela data marcada, da ânsia pelo final feliz e encantado.
E eu peço sempre demais, exijo demais, amo demais… espero demais.
O final feliz é a cada instante em que queiras estar comigo.
Não te vou esperar…
O tempo pode pregar-nos uma emboscada. Sabias?
Se eu não aparecer? Se não voltares?
Ah, arrepender! Que dano irreparável.
O arrependimento é dos sentimentos mais pestilentos, é sempre demasiado fétido!
Não posso corromper o amor com esperas inúteis.
Não posso corromper a vida com contrições e penas vãs.
Pedires-me que suspenda o amor para aguardar a tua chegada, é um terror bem mais negro do que pedir-te que não vás!
E eu não peço!
Mas, asseguro-te que amor é aqui, é agora!
Vai!
E nem ouses olhar para trás, o que fica é nada quando comparado com o que poderás ter!
Ninguém pode prender-se ao incompleto, não permito que o faças.
O mais penoso é ter consciência de que por instantes quase me traio e me julgo capaz de esperar uma vida inteira e uma próxima, quem sabe!
Supor que seria capaz é motivo bastante para que não me queiras… não ames alguém que te põe acima de si própria.
Vai!
Nunca te contentes com metade de alguém e, sobretudo, nunca esperes pelo amor… mas sim vive-o a cada segundo de vida!

Esperar por ti seria a maior traição!

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