terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sono

O sono traz memórias pesadas.
Daquelas que se arrastam pelo chão riscado.
O seu eco não deixa espaço à paz do silêncio.
Este sono molda-me a vontade.
Altera-me o batimento regular do coração e das palavras.
Tudo se confunde numa mescla absurda.
A noite diz-me que a morte é o fim.
Mas é mentira…
O escuro é ardiloso e tolda a vista cansada.
Como cansado está já todo o corpo.
Inerte e endurecido na espera de uma imagem à qual jamais voltará.
O sono é este inferno onde os desejos gritam de dor.
É por isso, e só por isso, que teimo em não adormecer.

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