terça-feira, 8 de junho de 2010

Noite de glória

Noite bela de céu escuro e luminoso.
Quente… noite velha e escaldantemente preciosa.
Loucos!
Unidos debaixo de um manto escuro.
Loucos recheados de paixão, inconscientemente tão íntimos.
Danças e roucos uivos por entre o denso arvoredo.
Pequenos brilhos no meio da folhagem denunciam os companheiros da noite.
Lua e todos os astros num perfeito alinhamento cósmico.
Rituais de lascívia interminavéis, penetrantes e intensamente ondulantes.
Garrafas vazias, roupas despidas e corpos de encaixe sinuosamente perfeito.
Ah! Noite de glória!
Nós…!
Loucos de ânimos desordenados em jogos e toques de cetim.
Insanos de corpos celestes e razoavelmente excessivos.
Devoramos os sentidos e toda a natureza com uma avidez impetuosa.
Noite de arrebatamento em que fomos grandiosos meteoritos.
Noite…atrevida!
E nós perigosamente ousados naquela escuridão.
Nós aparentemente inquebráveis e tão eternos.
Nós…os mesmos que precisamente antes do amanhecer… já não existiam!

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