Há dias em que me esqueço de ti, mergulhada nas explicações do destino, e teorias da predestinação.
Nesses dias perco-me nas minhas próprias encruzilhadas e essas tralhas do sentir.
Há dias em que me afundo dentro de mim mesma numa busca interminável.
Nesses dias, o mar é tão escuro e o céu tão vazio.
Sigo as pegadas da ilusão e da estabilidade imaginária.
Vou apagando a desilusão e reinvento esperanças nulas.
Há dias em que me esqueço de ti e nem ouso pronunciar o teu nome.
Perco-me em arritmias e palavras gastas.
Quando me encontro nunca te acho…
Nunca estás!
Chamo por ti em silêncio.
Tenho a voz áspera dos desafinados de amor.
Porque nunca te encontro?
Há outros dias em que me lembro de ti e de toda a tristeza que me ofereceste.
Ah! Essa ferida mal curada.
Mas, esqueço-te…tantas vezes!
A cada bater descompassado, a cada noite, a cada lua…
Lembro-me que te posso esquecer e conto todos os dias em que te esqueci.
Lembro-me a cada instante que o melhor é mesmo esquecer o que teima em não ser lembrado!
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