segunda-feira, 8 de março de 2010

Aquela Dor No Peito

O Inverno passou e levou consigo todas as folhas caídas.
Meses de Inverno que foram anos…
A nossa história continua suspensa no vazio deixado pela tempestade.
O mau tempo passou… e essa dor que teima em ficar.
Uma dor no peito que te atravessa o corpo como um punhal de mágoa.
Não passa!
Tormento dos perdidos de alma e desafortunados de espírito.
Agonizas nesse martírio e suplicas por um tempo de serenidade.
Não chega!
Dor que difamaste na ignorância da sua grandeza.
Pausadamente te trespassa.
Quebraste a promessa da nossa eternidade.
Todas as juras…
Abatidas pela miragem que julgaste ser o teu céu.
Ah…! Um paraíso naufragado num mar de enganos…
Agora não aguentas essa culpa.
É demasiado pesar para um condenado.
Não aguentas…
Não chegam todos os meses, todas as estações e todos os anos.
As tempestades do tempo frio não limpam a amargura.
Perdeste o sentido e rasgaste as esperanças construídas.
Respondes com o peito, num grito de aflição contra o qual nada podes.
Ironia de dor que relevaste.
Dor que mata!
Impiedosa dor no peito que faz dos vivos miseráveis mortos.
Dor de quem carrega lágrimas de uma palavra largada ao vento.
Não a agarraste…
Ventura quebrada.
Destino que não abraçaste.
Sobra-te o infortúnio e esse irremediável remorso.
Felicidade estacada numa dor no peito que ainda não passou.
Uma dor seca como as folhas caídas de fim de estação.
O regresso é o caminho para o tempo feliz que há-de vir, sem tristeza.
Vem!
Só assim conseguirás chegar ao calor…
À estação das flores e da reconciliação da paz no peito.

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