
Sinto falta de beijos e abraços. Falta dos beijos e dos abraços que não te dei. E dei-te tantos. Saudades dos olhares cúmplices e dos sorrisos secretos. Da forma orgulhosa como me olhavas tantas vezes. Temi que nunca mais me olhassem assim. Ultimamente, os teus olhos estavam menos brilhantes e eu não reparei, pressentias o fim, eu estava alheia a isso. Pressentiste desde o início preso a uma falta de vontade de ter vontade, mas ultimamente estava eminente, daí que as últimas partilhas tenham sido de lágrimas, de palavras tristes. Evitaste que viesse a sofrer com a tua ausência, antecipaste-a e acabei com este nó na garganta. Todos os gestos e palavras de amor e carinho que não te disse me parecem muito mais importantes do que todas aquelas que disse e nos brindaram com momentos felizes. E foram tantas as que cheguei a dizer. Todos os dias, tropeço na tua ausência. Todos os dias, tento consertar a asa partida do voo efémero que fizemos. Está consertada agora e ontem iniciei um novo voo. Voo sem ti e dói. Dói tanto. Ainda queria voar contigo. Sinto que este novo caminho me vai levar para longe de ti, para sempre. Tenho a certeza que um dia vais sofrer porque não vais conseguir voar como podias fazer comigo!
P.S. embora já não faça sentido, digo-te o que nunca te disse...amo-te!
P.S. embora já não faça sentido, digo-te o que nunca te disse...amo-te!
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